EMBOLIZAÇÃO DA PRÓSTATA

Tratamento indicado para quem enfrenta Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), também conhecido como aumento da próstata.

EMBOLIZAÇÃO DA PRÓSTATA. PORQUE É FEITA

A próstata é uma glândula cuja função inclui a produção de parte do líquido seminal, essencial para a ejaculação. Ela envolve a uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para o exterior. Com o aumento benigno da próstata devido à hiperplasia, ocorre uma variação da uretra, dificultando o fluxo urinário e impactando qualidades de qualidade

A Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) é bastante prevalente, principalmente com o avanço da idade e a presença de testosterona, o principal hormônio sexual masculino. Estima-se que até 90% dos homens possam desenvolver essa condição ao longo da vida.

Embora seja uma doença benigna, os sintomas da HPB afetam significativamente a qualidade de vida do paciente e daqueles ao seu redor. A embolização da próstata é uma alternativa de tratamento recomendada

Os principais sintomas urinários decorrentes da HPB são:

COMO É FEITA

Embolização das artérias da próstata

1

O crescimento benigno da próstata comprime a uretra, dificultando a passagem da urina.

2

Sob anestesia local, um cateter é inserido na artéria femoral, localizada na região da virilha. Com auxílio de imagens radiológicas de alta resolução, um fio-guia finíssimo (semelhante a um fio de cabelo) é conduzido junto ao cateter através dos vasos sanguíneos até alcançar a próstata.

3

Ao chegar ao local (no centro da próstata que comprime a uretra), milhões de microesferas de resina acrílica são injetadas pelo cateter. Essas microesferas bloqueiam os vasos sanguíneos apenas na área afetada pela HPB, interrompendo a circulação de sangue nessa região.

4

Com a redução do fluxo sanguíneo, a próstata se torna menos rígida e reduz seu tamanho em aproximadamente 30 a 40%. Isso permite que a urina volte a fluir mais facilmente pela uretra.

QUAIS SÃO OS RESULTADOS DA EMBOLIZAÇÃO DA PRÓSTATA?

Os resultados dos nossos estudos tem sido apresentados em diversos congressos internacionais e nacionais de urologia e de radiologia intervencionista. Recentemente, nosso grupo passou a ser reconhecido como referência mundial nesta técnica e começou a treinar médicos de diversos países, que tem participado em estudos de colaboração neste tema.

Assim, a técnica vem ganhando a credibilidade necessária e consagrando-se como mais uma alternativa de tratamento aos pacientes com dificuldades urinárias decorrentes da HPB.

Os resultados dos nossos estudos têm sido apresentados em diversos congressos nacionais e internacionais de urologia e radiologia intervencionista. Recentemente, nosso grupo foi reconhecido como referência mundial nessa técnica, passando a treinar médicos de vários países que participam de estudos colaborativos sobre o tema.

Dessa forma, a técnica vem ganhando credibilidade e se consolidando como mais uma opção de tratamento para pacientes com dificuldades urinárias causadas pela HPB.

Em nosso primeiro estudo publicado, iniciado em junho de 2008, tratamos onze pacientes com retenção urinária devido à HPB, que utilizavam sonda. Eles estavam na fila para realizar a Ressecção Transuretral da Próstata (RTU ou “raspagem” da próstata via canal urinário), mas as cirurgias foram adiadas devido a outros problemas de saúde que aumentavam o risco cirúrgico. A EAP foi indicada como alternativa menos invasiva à RTU. Antes do procedimento, os pacientes foram avaliados pelo urologista e realizaram exames pré-operatórios, incluindo PSA, exame de urina, urofluxometria, ultrassonografia e ressonância magnética da próstata para descartar câncer.

Após o tratamento, foi observado um índice de sucesso clínico de 91% e uma redução de cerca de 30% no volume prostático. Dez pacientes voltaram a urinar espontaneamente nos dias seguintes, e a sonda foi removida, em média, 12 dias após a embolização.

Com o sucesso da EAP em pacientes com sonda, passamos a tratar também pacientes com sintomas urinários de HPB que não usavam sonda. Observamos a mesma taxa de sucesso, e até o momento mais de 500 pacientes foram tratados pelo nosso grupo. Vale destacar que a avaliação do urologista é indispensável para a realização desse procedimento.

Após o tratamento, observou-se um resultado muito satisfatório (91% de sucesso clínico), e redução de aproximadamente 30% do tamanho da próstata. Dez pacientes voltaram a urinar espontaneamente nos dias seguintes ao procedimento e a sonda pôde ser retirada em período médio de 12 dias após a embolização).
Após a confirmação do sucesso da EAP em pacientes que usavam sonda vesical, decidiu-se tratar os pacientes que tinham sintomas de dificuldades para urinar por causa da HPB e não usavam sonda. Observou-se a mesma taxa de sucesso e, até o momento, já foram tratados mais de 500 pacientes pelo nosso grupo. Deve-se ressaltar que a avaliação pelo urologista é indispensável para a realização deste procedimento.

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA HPB?

Para realizar o diagnóstico, é função do urologista confirmar o aumento do volume da próstata e a presença de nódulos, além de avaliar os sintomas urinários. O exame de PSA deve ser realizado para descartar a possibilidade de câncer de próstata. Nos pacientes sintomáticos, exames complementares, como ultrassonografia e urofluxometria, são essenciais, pois ajudam a avaliar o impacto da obstrução prostática no trato urinário (bexiga, ureteres e rins).

Dr. Accácio Junqueira

Cirurgião Vascular (FMABC), Endovascular e Radiologista Intervencionista (BP-SP/SOBRICE). Após atuar em grandes hospitais de são Paulo capital, como BP, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Paulistano, Hospital Nove de Julho entre outros, passei a atender em Sorocaba, cidade que me formou médico e que tenho a felicidade de retribuir, trazendo um atendimento humano e moderno.